José Guimarães participou de uma reunião do ministro Alexandre
Padilha com o deputado Silvio Costa Filho nesta terça-feira, 18.
ANDRE VIOLATTI/ATO PRESS
O deputado federal José Guimarães, do Partido dos Trabalhadores (PT) e líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados, declarou que ainda não houve uma decisão final do presidente sobre quais pastas serão trocadas no governo.
De acordo com Guimarães, a entrada de membros do Progressistas (PP) e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios já está consolidada. Ele também afirmou que os nomes que surgiram na imprensa, como Silvio Costa Filho e André Fufuca, são indicações dos respectivos partidos. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com Fufuca e Costa Filho para discutir como será a incorporação desses partidos do Centro ao governo.
Apesar de as entrada de Fufuca e Costa Filho serem consideradas certas, Guimarães ressaltou que a decisão final será tomada por Lula, que irá definir onde esses parlamentares serão alocados. O deputado ressaltou que cabe ao presidente decidir as mudanças com base no diagnóstico político. Lula está na Europa e tem previsão de retorno ao Brasil na quarta-feira.
Os líderes do Centrão esperam uma reunião entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para desbloquear as negociações. A expectativa é que essa conversa resulte em uma contraproposta do presidente. Inicialmente, os partidos do Centrão pediram o comando do Ministério da Saúde, mas a pasta foi mantida com Nísia Trindade.
O deputado Silvio Costa Filho é cotado para o Ministério dos Esportes, que o Republicanos já comandou no passado, mas o governo está relutante em substituir Ana Moser, considerada uma escolha pessoal de Lula. Guimarães afirmou que Silvio Costa Filho pode ocupar qualquer pasta. Outras possibilidades em discussão são o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ocupado atualmente por Geraldo Alckmin, o Ministério de Portos e Aeroportos, chefiado por Marcio França, e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, de Luciana Santos.
As negociações continuarão nos próximos dias e a expectativa é que a mini-reforma ministerial ocorra a partir de agosto. No entanto, há um consenso em Brasília de que partidos como PT, PCdoB e PSB terão que abrir espaço para o Centrão, a fim de melhorar a relação do governo com o Congresso Nacional.