Comissão informou que cogitou prender Vasques
por falso testemunho. Divulgação/PRF
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro informou nesta terça-feira, 18, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que há suspeitas de que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, tenha participado de atividades preparatórias para os atos ocorridos em Brasília. Além disso, a comissão revelou que considerou a possibilidade de prender Vasques por falso testemunho. Essas declarações foram feitas pela advocacia do Senado ao defender a quebra do sigilo telefônico e bancário de Vasques, após ele prestar depoimento na CPMI.
A defesa do ex-diretor contesta a quebra do sigilo, alegando que Vasques não tem qualquer envolvimento com os atos investigados. A CPMI argumenta que apenas com a quebra do sigilo será possível realizar uma investigação detalhada do caso. Segundo a comissão, após o depoimento de Vasques como testemunha, foram encontrados indícios de sua participação em possíveis atividades preparatórias aos eventos do dia 8 de janeiro. Houve, inclusive, consideração da possibilidade de prisão por falso testemunho.
Além disso, a CPMI está analisando a conduta de Vasques na direção da PRF durante o segundo turno das eleições de 2022, quando foram realizadas operações para verificar o deslocamento de motoristas no Norte e Nordeste, assim como a atuação da corporação na desobstrução de rodovias após o anúncio do resultado do pleito.
A defesa de Silvinei Vasques, por sua vez, afirmou ao STF que ele foi convocado para depor como testemunha e prestou todas as informações exigidas pelos parlamentares. Os advogados alegam que a quebra do sigilo representa uma violação à Constituição, à imagem e à privacidade do ex-diretor. Concluem que Vasques não possui qualquer relação com os eventos de 8 de janeiro, portanto, sua convocação para depor foi ilegal, configurando um dispêndio injustificado do dinheiro público, além de violar o princípio da eficiência.