A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas de redes sociais enviem uma lista completa com os nomes e dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa solicitação tem gerado preocupação por parte da defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Paulo da Cunha Bueno, que aponta que o pedido da PGR contradiz o exercício da liberdade de pensamento e opinião.
No âmbito do inquérito que investiga supostos crimes cometidos por Bolsonaro ao publicar um vídeo questionando o sistema eleitoral, o Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao ministro Alexandre de Moraes que as redes sociais em que o político possui conta - como Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, Twitter e Linkedin - forneçam um arquivo com a identificação de todos os seguidores do ex-presidente. Além disso, as empresas devem apresentar dados como a quantidade de visualizações, curtidas, compartilhamentos, repostagens e comentários.
No entanto, a defesa de Bolsonaro destaca que o ex-presidente já foi ouvido pela Polícia Federal (PF) sobre o caso e já disponibilizou todas as informações solicitadas. O advogado também ressalta que o pedido do MPF não possui relação direta com a investigação em questão, caracterizando-o como uma tentativa de monitoramento dos seguidores do ex-presidente, que recentemente foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.