Durante um discurso realizado na terça-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que seu governo havia feito progressos significativos na luta contra o câncer.
"Ao assumir o cargo, prometi que iríamos curar o câncer. Muitos duvidaram de mim, mas estou aqui para dizer que estamos fazendo avanços reais nessa batalha. O câncer, como o conhecemos, será coisa do passado", declarou Biden durante seu discurso na Sala Leste da Casa Branca.
Inicialmente planejado para abordar a expansão do acesso à saúde mental para os americanos, o presidente aproveitou a oportunidade para destacar os esforços de seu governo na área da saúde e, em particular, no tratamento do câncer entre os veteranos militares.
No entanto, a declaração incomum chamou a atenção dos republicanos, que há tempos acusam o presidente democrata, de 80 anos, de demonstrar sinais de demência.
A congressista Lauren Boebert, do Colorado, fez uma piada em relação ao comentário de Biden sobre a cura do câncer, brincando que essa conquista mereceria pelo menos um comunicado oficial à imprensa.
Além disso, outras afirmações exageradas que Biden fez ao longo de sua carreira política de 50 anos foram relembradas. O presidente tem histórico de cometer gafes públicas, como se comparar a uma inteligência artificial em uma ocasião recente e pedir para que a Rússia pare de atacar a própria Rússia durante sua visita pela Europa.
Vale ressaltar que a questão do câncer é pessoal para Biden, já que seu filho mais velho, Beau, faleceu em 2015 devido a um câncer cerebral agressivo. O presidente atribuiu a exposição do filho a poços tóxicos durante seu serviço militar no Iraque como fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Em fevereiro de 2022, Biden anunciou um programa governamental para encontrar uma cura para o câncer, denominado "Relançamento do Cancer Moonshot", que reafirmou o compromisso assumido pelo governo Obama em 2016. O objetivo do programa é reduzir pela metade a taxa de mortalidade por câncer em 25 anos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e sobreviventes da doença, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.
No mês passado, o presidente passou por uma cirurgia para remover uma pequena lesão de pele no peito que foi diagnosticada como carcinoma basocelular por seu médico da Casa Branca.