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O CRAS Sul promoveu uma ação inspiradora que busca incentivar as mulheres a se reconhecerem como lindas e fortes, além dos padrões estabelecidos pela sociedade. A realidade do racismo estrutural afeta a população negra há séculos, restringindo seu acesso a serviços e informações, e impactando sua inserção na sociedade e no desenvolvimento de sua identidade e cidadania.
Em resposta a essa realidade, o Centro de Referência de Assistência Social de Cidade Beira Mar organizou o workshop “Pretas”, durante a última segunda-feira, 24. O objetivo do evento foi encorajar meninas e mulheres a valorizarem sua beleza em todas as suas dimensões, destituindo os estereótipos impostos pela sociedade.
Com o retorno do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), a equipe do CRAS Sul reconheceu a importância de abordar a questão racial e seu impacto na autoimagem e autoestima das assistidas. O evento “Pretas” contou com o apoio de várias parcerias da sociedade civil e proporcionou atividades como rodas de conversa sobre as lutas e conquistas das mulheres negras contra o preconceito e o racismo, além de oficinas sobre autocuidado, beleza, turbantes e tranças. Além disso, houve apresentações culturais, incluindo dança, música e teatro.
A conselheira municipal de Cultura na Cadeira de Matrizes Africanas, Cláudia Faiet, conduziu uma roda de conversa sobre o conhecimento e valorização das culturas de matrizes africanas, ressaltando a importância de se valorizar as raízes e origens.
O evento se estendeu ao longo do dia, proporcionando momentos de reflexão, aprendizado e integração para as participantes. Ao final, a mensagem principal era clara: cada mulher é bela em sua singularidade e merece se reconhecer como uma força transformadora na sociedade.
Com o "Pretas", o CRAS Sul não apenas demonstrou seu compromisso em valorizar as mulheres negras assistidas, mas também sua visão ampliada da importância dessas mulheres na formação da sociedade. O evento foi uma celebração da beleza e da identidade negra, um passo importante para empoderar e inspirar todas as mulheres a se amarem e se aceitarem como são.
"Nós, do CRAS, acreditamos na quebra desse ciclo opressor e estamos aqui para apoiar e orientar essas mulheres nesse processo de tomada de consciência e aceitação de sua negritude. Queremos que elas se reconheçam como mulheres fortes e empoderadas, valorizando suas particularidades e suas histórias únicas", ressaltou Ana Júlia, orientadora social do CRAS.