Região do Floresta, em Petrópolis, é a primeira a receber sistema alternativo de alertas. Foto: Daniel Câmara |
Região do Floresta foi escolhida como a primeira a receber o sistema. Medida é uma das ações de segurança previstas no Plano Verão para 2022 do governo municipal.
A secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, iniciou a implementação de um sistema de alerta e alarme alternativo para escorregamento em comunidades da cidade onde não há sirenes.
A região do Floresta é a primeira a receber o sistema. A localidade tem cerca de 100 casas em áreas de risco e já houve registro de morte causada por deslizamento, segundo a Defesa Civil.
Nesta semana, equipes definiram o ponto de apoio da região, testaram apitos que serão usados para o alerta aos moradores e fizeram o reconhecimento do território, onde posteriormente, será feita sinalização para o deslocamento da população em situação de emergência em decorrência de chuva forte.
De acordo com a Defesa Civil, o sistema, primeiro a ser instalado na cidade, reforça os protocolos de segurança na localidade e amplia os mecanismos de alerta de forma antecipada à chegada de chuva forte.
Defesa Civil implanta sistema de alerta e alarme alternativo onde não há sirenes em Petrópolis, no RJ. Foto: Daniel Câmara |
Ainda de acordo com o órgão, a iniciativa habilita a própria comunidade, por meio dos integrantes dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDEC) previamente capacitados, a mobilizar a população de áreas de risco em situação de emergência.
“Esse projeto empodera a população para agir no momento que acionarmos os alertas preventivos. O sistema garante que a comunidade, previamente treinada, possa se antecipar e agir de forma a garantir a segurança da população local”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers, reforçando que o sistema é inspirado em mecanismo similar adotado para situações de emergência em Cuba.
Sistema alternativo cria rotas de fuga
Nas últimas semanas, a Defesa Civil tem atuado na implantação do projeto, com estudo in loco de como será o funcionamento do sistema. Os moradores serão os atores principais para a mobilização da população que estiver em áreas de risco na região.
A partir da emissão dos alertas de segurança da Defesa Civil para situação de emergência em dias de chuva forte, os representantes do Nudec local agirão para o deslocamento dos moradores ao sinal de apitos.
“Tudo isso vai ser muito importante para a comunidade em geral. Estamos somando forças para a melhoria do bairro. Os moradores estão empenhados em atuar em conjunto com a Defesa Civil. Estamos depositando muita confiança nesse trabalho que é muito necessário para somar forças e preservar vidas”, conta a moradora Michele de Souza Santos, que participou da formação do Nudec, que conta com a colaboração de 16 moradores.
De acordo com a Defesa Civil, o sistema de alerta e alarme alternativo cria rotas de fuga, com a sinalização de locais seguros nas comunidades, por onde os moradores serão conduzidos até o ponto de apoio em casos de necessidade.
“Esse é um projeto alternativo, um trabalho em conjunto com os moradores em que a própria comunidade, com o apoio da Defesa Civil, vai ajudar na dinâmica da localidade e fazer os alertas através dos apitos nas situações em que houver deslizamentos”, explica o diretor técnico da Defesa Civil, o geógrafo Luiz Henrique Alves da Silva, que avaliou com a equipe, a capacidade sonora dos apitos pelos pontos mapeados como rota de fuga para a região.
Ponto de apoio no Floresta vai funcionar em escola
Na comunidade do Floresta, o Sistema de Alerta e Alarme Alternativo para Escorregamento será o primeiro mecanismo de prevenção a desastres causados pelas chuvas a ser estabelecido na localidade. Com o projeto, o Nudec foi formalizado, assim como a definição de um ponto de apoio, que vai funcionar na Escola Municipal Duque de Caxias, e a demarcação das rotas de fuga.
“Essa iniciativa é muito importante, pois envolve segurança e bem-estar. Essa parceria com a Defesa Civil é fundamental. Todo esse aparato nos deixa muito seguros. Percebemos que as equipes atuam com um olhar de amor, resiliência e acolhida”, destacou a diretora da escola Catia Teresinha Barroso Berião Gorges.
Para a conclusão da implantação do Sistema de Alerta e Alarme Alternativo as equipes ainda retornarão à comunidade para a demarcação da rota de fuga e dos locais para o acionamento dos apitos pelos moradores.
“Estamos no momento de estruturação do sistema e posteriormente vamos treinar os representantes do Nudec e concluir o trabalho com um simulado envolvendo toda a comunidade. Com isso, deixamos a população preparada para fortalecer o trabalho da Defesa Civil”, destacou o subsecretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Marcelo Abreu.
Por g1 — Petrópolis