Atualmente, encontra-se em andamento na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) um projeto de lei que visa reconhecer a obra de Jackson do Pandeiro como patrimônio cultural imaterial do estado.
A influência de Jackson do Pandeiro transcendeu fronteiras, levando o som do interior da Paraíba para o mundo.
A inspiração musical de Jackson começou quando ele admirava o trabalho de sua mãe, Flora Maria, uma cantora de coco. Aos 7 anos, ele começou a se apresentar ao lado dela. Seu desejo de infância era se tornar um sanfoneiro, mas o instrumento era muito caro. Ele acabou ganhando um pandeiro. Aos 13 anos, seu pai faleceu, e Jackson passou a ajudar sua mãe nas despesas domésticas. Enquanto trabalhava como entregador de pão, ele observava os cantadores de coco na feira central de Campina Grande, além de participar de vaquejadas, fazendas e canaviais.
Jackson, também conhecido como o "Rei do Ritmo" e o "Homem Orquestra", trabalhou em rádios de Campina Grande, João Pessoa e Recife. Foi na década de 1950 que ele gravou seu primeiro sucesso, intitulado "Sebastiana".
Em seguida, ele emplacou a música "Forró em Limoeiro". Na Rádio Nacional do Rio, Jackson fez sucesso com canções como "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana" e "Um a Um". Diversos expoentes da Música Popular Brasileira, como Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Elba Ramalho, gravaram alguns de seus sucessos.
Em sua cidade natal, Alagoa Grande, Jackson recebeu uma homenagem especial: um portal em forma de pandeiro foi instalado na entrada da cidade. Na placa de apresentação, pode-se ler: "Alagoa Grande, Terra de Jackson do Pandeiro". Além disso, um Memorial foi construído para preservar seu acervo e contar sua história.
