Um policial militar do Distrito Federal, chamado André Gripp de Melo, é acusado de usar informações privilegiadas para invadir uma residência e prender um suspeito sem a necessária ordem judicial.
Em decorrência disso, o policial é alvo de um processo que visa investigar possíveis omissões de informações importantes durante o processo. Um trecho de uma videoconferência da audiência que julga a conduta de Gripp tem sido amplamente compartilhado nas redes sociais.
Nas imagens, o juiz Paulo Alonso Correia Lima Siqueira reprova o comportamento do policial diante do caso. Durante a audiência, o juiz questiona Gripp sobre suas ações, fazendo referência a possíveis mentiras e crimes cometidos pelo policial. Ele afirma que irá informar a Corregedoria para apurar tais fatos, que não são os primeiros.
O juiz também afirma que desta vez o policial será responsabilizado por suas ações, podendo até mesmo perder sua posição na polícia. Ele ressalta que tais atitudes não são condizentes com um homem ou servidor público. O juiz acusa Gripp de inventar histórias e apresentar informações que não constam no processo. Ele destaca que não há relatos sobre veículos, brigas ou a presença de três pessoas no local. O juiz acredita que o policial se aproveitou da situação para forjar uma situação e adentrar na propriedade, ciente de que encontraria drogas no local. Ele ressalta que Gripp, como policial militar, deveria passar tais informações para a polícia civil, que é responsável por investigações desse tipo, e não tomar a ação por conta própria.
Portanto, o juiz repreende o policial por suas ações e questiona sua conduta durante o caso em questão.
Assista:
🚨 Policial militar do DF usou uma informação privilegiada para invadir uma casa sem mandato e prender um suspeito. O juiz do TJDFT reagiu assim 👇🏽
— Douglas Protázio (@douglasprotazio) July 15, 2023
- Esculacho Parte II pic.twitter.com/V1k0ZZ23WR