Uma reportagem recente do Metrópoles revelou uma possível irregularidade na contratação de shows no Distrito Federal. Segundo o artigo, o presidente do Instituto Candango de Polícia Social e Economia Criativa (ICEPec), Luciano Pontes Garcia, contratou a si mesmo para se apresentar e recebeu dinheiro público por isso.
Luciano é responsável, juntamente com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Sesec-DF), por organizar diversos eventos culturais na capital.
Durante a pandemia de Covid-19, em dezembro de 2021, o ICEPec recebeu um total de R$ 567 mil para realizar o projeto "Brasília Viva Live Show", que tinha como objetivo incentivar artistas populares a se apresentarem em transmissões ao vivo no YouTube.
No entanto, surgiu a revelação de que o próprio presidente do Instituto foi um dos escolhidos para se apresentar. Utilizando o nome artístico Luciano Ibiapina, ele cantou no dia 5 de dezembro de 2021, das 19h10 às 20h10, e recebeu um cachê de R$ 15 mil.
Além de atuar como presidente, Luciano também desempenhou o papel de Coordenador Administrativo e Financeiro do projeto. De acordo com o texto, ele recebeu R$ 6.918,80 por essa função, que envolve a coordenação das rotinas administrativas, o planejamento estratégico e a gestão dos recursos organizacionais, sejam eles materiais, patrimoniais, financeiros, tecnológicos ou humanos.
Outra denúncia de irregularidade aponta que o Instituto Candango de Polícia Social e Economia Criativa recebeu um montante de R$ 2.990.000 da Secretaria de Cultura para administrar os desfiles das escolas de samba do Carnaval 2023. No entanto, foi descoberto que a organização responsável por gerir esse valor tinha o mesmo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Grêmio Recreativo Carnavalesco de Vicente Pires (Gruvipi), que acabou vencendo o desfile.
O Metrópoles procurou Luciano Pontes Garcia, que confirmou o uso do nome artístico Luciano Ibiapina em suas apresentações no Brasília Viva Live Show, afirmando que não se trata de uma irregularidade. A Secretaria de Cultura, por sua vez, declarou que está investigando o caso.