Criança amarrada na Escola Pequiá, em São Paulo.
REPRODUÇÃO/RECORD TV
O Ministério Público de São Paulo formalizou uma denúncia contra o casal Andrea Carvalho Alves Moreira e Eduardo Mori Kawano, proprietários da Escola de Educação Pequiá, nesta quarta-feira (19). A denúncia se refere às acusações de tortura praticadas pelos acusados contra alunos da instituição.
O casal foi preso em junho e está sob investigação após denúncias de maus-tratos feitas por pais de alunos e uma professora. A escola está localizada no bairro Jardim da Glória, no Cambuci, região central da capital paulista.
A promotora Gabriela Belloni, da 4ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, solicitou a conversão da prisão temporária em prisão preventiva e aguarda a decisão da Justiça.
A advogada de defesa do casal, Sandra Pinheiro de Freitas, afirmou que não irá se posicionar nem emitir nota devido ao sigilo do processo.
De acordo com informações do repórter Henrique Oliveira, 14 pessoas foram ouvidas durante as investigações, incluindo professoras da instituição. Pelo menos quatro boletins de ocorrência foram registrados no 6° DP contra a escola, que também descobriu a existência de um inquérito aberto contra um dos diretores da instituição em 2021.
Um vídeo obtido pela Record TV mostra uma funcionária da escola obrigando uma criança de 1 ano e meio a ficar de joelhos para arrumar os brinquedos que estavam fora da caixa. Outra imagem mostra um aluno de 8 anos, amarrado pelos braços com as mangas do moletom em um poste.
A Escola de Educação Pequiá atende alunos do ensino infantil até o 5º ano do ensino fundamental. Após a divulgação do caso, a fachada da escola foi pichada com a seguinte frase: "Professor é para educar e não torturar".
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que o caso está sendo investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 6° DP. Além disso, diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.