Delegado é acusado de praticar importunação sexual contra mulheres na delegacia da Polícia Civil

Um delegado da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) está sendo investigado por suspeita de cometer o crime de importunação sexual contra várias mulheres que procuraram a delegacia da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em busca de serviços policiais.

As denúncias estão sendo investigadas criminalmente pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), além de serem apuradas administrativamente pela própria CGD, que abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na última sexta-feira (14).

De acordo com a portaria publicada, o delegado Jaelan Alves da Silva já foi indiciado pela DAI por importunação sexual, conforme o que descreve o Código Penal Brasileiro (CPB). Tal crime consiste em praticar ato libidinoso sem consentimento da vítima com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros, e prevê uma pena de 1 a 5 anos de reclusão.

As investigações tiveram início em 2019, e os crimes teriam sido cometidos no 21º Distrito Policial (Timbó), localizado em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo informações da CGD, as vítimas compareciam à delegacia em busca de serviços policiais, mas acabavam sendo importunadas sexualmente pelo delegado em questão.

A Controladoria detalha ainda que as vítimas ficavam sozinhas na sala com o delegado, que aproveitava a situação para praticar as importunações sexuais. As mulheres não fizeram a denúncia anteriormente por medo de sofrerem consequências nos procedimentos que tinham na 21ª DP.

Questionada pela reportagem, a Polícia Civil do Ceará não emitiu um posicionamento sobre a investigação, e afirmou que as informações a respeito do caso poderiam ser obtidas pela CGD.

O delegado Jaelan Alves da Silva e sua defesa, representada pelo escritório Leandro Vasques Advogados Associados, que presta assessoria jurídica para a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol-CE), declararam que ainda não foram oficialmente informados sobre o processo administrativo disciplinar, mas pretendem solicitar acesso aos autos do PAD para prestar todos os esclarecimentos necessários e apresentar provas com o objetivo de demonstrar a inocência do acusado, garantindo assim o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Além disso, no mesmo Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (14), a Controladoria Geral de Disciplina publicou a abertura de investigações administrativas contra 17 militares, por crimes como homicídio, violência doméstica, extorsão e participação no motim. As investigações abrangem diversos casos que ocorreram em diferentes cidades do estado.

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