Na manhã desta quarta-feira (19), um grupo de senadores e deputados da oposição entregou um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
O pedido foi entregue ao Senado e faz referência a um discurso proferido por Barroso durante sua participação no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) na semana passada, no qual ele afirmou que o Brasil derrotou o bolsonarismo.
Durante a entrega do pedido de impeachment, estiveram presentes os senadores Flávio Bolsonaro e Jorge Seif, juntamente com os deputados Carlos Jordy e Cabo Gilberto Silva.
O documento conta com a assinatura de 15 senadores e cerca de 70 deputados. Os parlamentares alegam que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também criticou a declaração de Barroso e prometeu avaliar qualquer ação de impeachment que fosse apresentada.
Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara, argumentou que a declaração de Barroso viola a lei do impeachment, a Constituição e a democracia.
Segundo Jordy, "não é responsabilidade de um ministro do Supremo derrotar alguém, mas sim proteger e defender a Constituição. Se ele deseja derrotar alguém, que o faça nas urnas, mas como candidato. Esse tipo de comportamento não pode mais ser tolerado".
Já o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que durante o governo de seu pai, ele sempre trabalhou para distensionar a relação entre o Executivo e o STF, mas que agora é necessário estabelecer um limite para o que é democrático.
Flávio questionou a legitimidade de Barroso em assumir a presidência do STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dada as suas ações políticas. Ele afirmou que Barroso irá punir magistrados que fizerem manifestações políticas, como ele próprio fez.