Ele recebeu o título de herói do congresso boliviano depois de ter prendido o guerrilheiro argentino
O general Gary Prado Salmón, conhecido como o homem que capturou o guerrilheiro Che Guevara, morreu no sábado 6, aos 84 anos, na Bolívia. Ele enfrentava problemas de saúde e estava internado desde abril.
Cary Prado, filho do militar, confirmou a morte por meio das redes sociais. “O Senhor acaba de chamar meu pai, o general Gary Augusto Prado Salmón, para seu Reino”, escreveu ontem. “Ele partiu acompanhado da esposa e dos filhos, nos deixa um legado de amor, honestidade e coragem, foi uma pessoa extraordinária. Obrigado a quem nos apoiou neste momento de agonia. Deus o abençoe.”
O general Salmón comandou a patrulha que capturou o guerrilheiro argentino no sudoeste da Bolívia, em 8 de outubro de 1967. No dia seguinte, o exército boliviano cumpriu a ordem de executar Che Guevara.
No mesmo ano, o Congresso boliviano nomeou Salmón herói nacional, de acordo com a revista Exame. O governo militar da Bolívia da época, comandado pelo general René Barrientos, considerou a implantação da guerrilha um ato de invasão estrangeira.
Para formar a guerrilha em território boliviano, o argentino contou com o apoio da ditadura comunista cubana — que ele ajudou a implantar no fim da década de 1950. A missão era derrubar o governo local para colocar um regime similar ao cubano no país.
Em entrevista concedida à revista Crusoé, Salmón disse que viu um homem acabado e desmoralizado, quando capturou Che Guevara. Ele declarou que sentiu pena e lástima quando ficou frente a frente com o guerrilheiro.
REDAÇÃO OESTE