Autônoma deve passar por um processo judicial, que dura cerca de oito meses
A autônoma Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, foi indiciada na última sexta-feira, 27, por tráfico de drogas na Indonésia. Isso porque ela foi presa, em 31 de dezembro, com três quilos de cocaína no aeroporto do país asiático, localizado na Ilha de Bali. Em caso de condenação, a brasileira estará passível de pena de morte. De acordo com o advogado da jovem, Davi Lira da Silva, Manuela foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que teria prometido férias e aulas de surfe para ela em Bali. Em nota, o Itamaraty informou que acompanha o caso. “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. Da Silva diz que a brasileira não sabia o que levava na bagagem, onde foi encontrada a droga. Ele afirma que uma organização criminosa ofereceu a jovem um mês de férias na Indonésia. Para isso, em troca, ela deveria levar um pacote ao país asiático. Segundo o advogado, os suspeitos não revelaram qual seria o conteúdo. O advogado contou que ela negou, mas foi forçada a fazer o “serviço”. A jovem é autônoma e trabalha vendendo perfume e lingerie. Agora, o advogado trabalha para provar que Manuela foi usada como “mula”. Ela estará passível a pena de morte, caso seja condenada. Isso porque na Indonésia as normas não têm distinção para pena de pessoas que atuem como “mula”. A brasileira deve passar por um processo judicial, que dura cerca de oito meses. Atualmente, a brasileira está presa em um local de detenção provisória e deve ser transferida para um presídio. Vale lembrar que, em 2015, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na Indonésia. Em 2004, ele foi preso por tentar entrar no país asiático com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta.
Por Jovem Pan