Decisão do colegiado de política monetária busca levar a inflação a uma taxa de 2% no longo prazo, em meio a cenário com alto risco inflacionário
O Federal Reserve dos Estados Unidos (FED), órgão equivalente ao Banco Central brasileiro, decidiu aumentar a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, indo de 4,5% para 4,75%, nesta quarta-feira, 1º. De acordo com comunicado enviado ao mercado, a decisão do colegiado de política monetária do Federal Reserve busca alcançar uma inflação de 2% no longo prazo, tendo em vista que o grupo está em alerta em relação aos riscos inflacionários. “O Comitê antecipa que os aumentos na taxa de juros são apropriados para alcançar uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo. Ao determinar a extensão dos aumentos futuros no intervalo da meta inflacionária, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica, a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros. Além disso, continuará a reduzir suas participações em títulos do Tesouro, dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em planos anunciados anteriormente. O Comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%. Ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O Comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de suas metas”, informou o grupo. Além disso, FED afirmou que indicadores recentes apontam crescimento modesto nos gastos e na produção, baixas taxas de desemprego e uma queda na inflação, que continua elevada. Também cita que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas e contribuindo para aumentar a incerteza global.
Por Jovem Pan