Ministro da Suprema Corte atendeu a um pedido da Polícia Federal em apuração sobre suposta omissão das autoridades locais durante os atos de vandalismo que ocorreram em Brasília, no dia 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira, 27, o inquérito que investiga suposta omissão das autoridades do Distrito Federal – o governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB) e o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres – em meio aos atos de vandalismo que ocorreram no dia 8 de janeiro, em Brasília. O documento, no qual a equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso, atende a um pedido do delegado da Polícia Federal (PF), Raphael Soares Astini, que deseja concluir as diligências atualmente em curso e listou sete pendências envolvendo a investigação dos políticos, como: a requisição ao Núcleo de Identificação da Polícia Federal da elaboração de análise papiloscópica na “Minuta de Decreto” que foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro; o pedido para que uma equipe de análise investigue o Protocolo de Ações Integradas e Planejamento Próprio de Ação da Polícia Militar do DF sobre grandes eventos a fim de entender se houve um descumprimento do padrão quanto ao planejamento das manifestações que ocorreram e depredaram a sede dos Três Poderes; o encaminhamento à Procuradoria-Geral de Justiça das imagens gravadas no Palácio do Buriti sobre as entradas de pessoas e veículos na sede do poder executivo do Governo do Distrito Federal entre os dias 01 e 20 de janeiro deste ano; a análise do material de dados extraído do celular da ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, Marília Ferreira Alencar; a análise das informações extraídas do material apreendido com o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, e de Ibaneis Rocha; além da solicitação da perícia para extração dos materiais eletrônicos apreendidos de Jorge Eduardo Naime, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, Rafael Pereira Martins, Flávio Silvestre de Alencar e Josiel Pereira Cesar. Além da decisão, na última sexta-feira, 24, Moraes também proibiu que a Justiça do DF libere visitas a presos envolvidos nos atos de violência que ocorreram na segunda semana de janeiro e ressaltou que as análises de novas solicitações se restringem apenas ao seu gabinete.
Por Jovem Pan