O conflito entre Rússia e Ucrânia reacendeu o temor do Japão em relação à China
O Japão anunciou, nesta segunda-feira, 27, a compra de 400 mísseis do tipo Tomahawk dos Estados Unidos, depois de a China fazer diversas ameaças. Fumio Kishida, o primeiro-ministro do Japão, declarou que “o plano” do Japão “é adquirir 400 unidades dos mísseis de cruzeiro”. O ministro da Defesa do Japão informou que o país reservou US$ 1,5 bilhão para a compra de mísseis.
O mesmo projetil foi utilizado largamente em conflitos como o da Guerra do Golfo, em 1991; no Iraque, em 1993 e 1996; e na Bósnia, em 1995.
Os mísseis podem ser lançados a partir de navios ou submarinos e são difíceis de ser abatidos por voarem em baixa altitude, além emitirem pouco calor, o que dificulta a detecção por infravermelho. Guiado por GPS, o míssil pode voar a baixa altitude, enquanto desvia de obstáculos naturais.
Esta é uma das mudanças mais importantes adotadas pelo Japão desde a Segunda Guerra Mundial. A partir da derrota no conflito, o país asiático adotou uma Constituição desarmamentista, que proíbe o país de ter um Exército de pleno direito. Porém, a invasão da Ucrânia feita pela Rússia ressuscitou os temores de que a China faça algo parecido com Taiwan, aliado do Japão na região.
O governo japonês apresentou em dezembro um projeto de ampla reforma da defesa, com a meta de dobrar o orçamento do setor a 2% do PIB até 2027. Autoridades do Japão designaram a China como “o maior desafio estratégico” para a segurança do país. O país busca reforçar os sistemas de defesa diante das ameaças da China.