O que acabou se confirmando, na tarde desta segunda-feira (27), em decisão anunciada pelo ex-presidiário Lula (como noticiado aqui no JCO)
Uma matéria do G1, de abril de 2022, por exemplo, trazia uma crítica pesadíssima ao aumento do preço dos combustíveis. Na época, o presidente era Jair Bolsonaro.
“Efeito cascata: entenda como a disparada dos preços dos combustíveis afeta também quem não tem carro”, dizia o título.
No texto, a explicação sobre como o aumento do custo de gasolina, diesel e etanol afetariam toda a a cadeia econômica, e citava a logística como uma das mais atingidas..
Na mesma época o capitão, já tinha tomado uma série de providência para conter o aumento, que ocorria principalmente por causa da subida do dólar e da disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, em função da guerra da Rússia com a Ucrânia e ainda por causa da pandemia.
Ele zerou todos os impostos federais e, depois de uma dura negociação com o congresso nacional, prefeitos e governadores, conseguiu baixar e unificar a cobrança de ICMS em todo o país. Como resultado, meses depois, o combustível brasileiro passava a custar, em alguns casos, menos da metade e se tornava um dos mais baratos do mundo.
Mas confira o título de outra matéria, agora de O Globo, da jornalista Míriam Leitão, publicada na sexta-feira (24).
“Cobrar imposto da gasolina é o melhor do ponto de vista social, fiscal e ambiental”
Míriam, uma jornalista de esquerda que ‘fez o L’ durante toda a campanha eleitoral, após passar quatro anos criando narrativas contra Bolsonaro, escreve que é preciso cobrar o imposto, para não ter que abrir mão de R$ 52 bilhões, e tenta induzir o leitor a acreditar que o ex-presidiário que ocupa do Palácio do Planalto é uma vítima, presa a uma ‘armadilha’ de Jair.
Um absurdo sem tamanho, com o objetivo de defender o plano de Lula e de seu ministro da Fazenda, o ‘poste’ Fernando Haddad, nesta retomada da cobrança de todas as tarifas federais.
Mas tem ainda a pressão dos governadores, para que o ICMS também volte ao patamar anterior e, mais, seja estabelecido livremente em cada estado, sem qualquer tipo de padronização nacional. Se isso correr, o impacto, como ressaltava a matéria anterior deste mesmo grupo de comunicação, será ainda mais devastador com alta generalizada de preços em toda a cadeia produtiva e consequente queda de poder de consumo em todas as faixas sociais, mas afetando principalmente os mais pobres, que direcionam seus ganhos para alimentos e bens básicos.
Os tais R$ 52 bilhões que o governo pretende colocar as mãos para continuar ‘estourando o teto da gastança, irá se dissolver e virar um número negativo, pois a arrecadação cairá vertiginosamente em outros setores.
Deixando as questões técnicas e econômicas de lado, é realmente vergonhoso observar que o jornalismo daquela que ainda é empresa com maior penetração nos lares brasileiros, permitam que seus jornalistas se prestem a esse tipo de ativismo ideológico de redação.
É a institucionalização da mentira, bem a cara do atual governo… mas ‘os outros’ é que são acusados de fake news!
Mário Abrahão. Jornalista.
Jornal da Cidade Online