EUA liberam agricultura em áreas de conservação ambiental

Medida ocorre em meio à guerra na Ucrânia 
 Foto: Pixabay

Decisão ocorre em meio à guerra na Ucrânia e visa a aumentar oferta de comida para consumo interno no país

O governo dos Estados Unidos autorizou que agricultores produzam em áreas de conservação ambiental com o objetivo de aumentar a oferta de comida para consumo interno e também para exportação. A decisão ocorre em meio à guerra na Ucrânia, que ameaça a produção mundial de alimentos.

A medida, no entanto, é restrita aos produtores que estejam em seu último ano de contrato com o programa de Reserva de Conservação do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

“Os participantes aprovados para esta rescisão voluntária não terão que pagar aluguel, uma flexibilidade implementada este ano para ajudar a mitigar os desafios globais de fornecimento de alimentos causados pela invasão russa da Ucrânia e outros fatores”, diz trecho do anúncio feito em Washington, na última quinta-feira 26, pelo USAD.

Zach Ducheneaux, administrador da Agência de Serviços Agrícolas, disse que muitos produtores solicitaram a medida. “A invasão injustificada de Putin à Ucrânia cortou uma fonte crítica de trigo, milho, cevada, oleaginosas e óleo de cozinha, e ouvimos de muitos produtores que querem entender melhor suas opções para ajudar a responder às necessidades alimentares globais”, disse.

O USDA envia cartas aos produtores que têm áreas de reserva para orientá-los nos pedidos de rescisão, que deverão ser feitos por escrito. “Se aprovado para rescisão voluntária, os preparativos podem ocorrer após o término da temporada primária”, diz outro trecho do comunicado. “Os produtores poderão, então, iniciar as atividades de preparação da terra e plantar uma cultura semeada até 1º de outubro de 2022. Para a terra em climas mais frios, essa flexibilidade pode permitir um melhor estabelecimento de uma cultura de trigo de inverno ou preparar melhor a terra para o plantio da primavera”.

A iniciativa partiu de grupos agrícolas que pediram ao secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, que os produtores pudessem plantar nos mais de 4 milhões de acres (1,6 milhão de hectares) de “terras agrícolas nobres” atualmente inscritas no programa de Reserva de Conservação do USDA.

Para estabelecer um paralelo com o Brasil, a medida do USDA é como se o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento permitisse que os agricultores pudessem plantar em suas Áreas de Preservação Permanente.

Redação Oeste

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