Juíza decide que não há tempo hábil" para juntada dos laudos do processo requeridos pela defesa
O julgamento da ex-deputada federal Flordelis, acusada de ser a mentora do assassinato do próprio marido, pastor Anderson do Carmo, foi adiado para 6 de junho. A ex-parlamentar será levada a júri popular.
A sessão estava marcada para 9 de maio, mas a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), alegou “não haver tempo hábil para a juntada de todos os laudos exigidos pelas defesas dos réus”.
Além da ex-parlamentar, serão julgados sua filha biológica Simone dos Santos Rodrigues, a neta Rayane dos Santos Oliveira e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva.
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A primeira fase do julgamento terminou no dia 13 de abril. Três pessoas foram condenadas por associação criminosa armada e uso de documento ideologicamente falso: Adriano dos Santos Rodrigues (filho biológico de Flordelis), Marcos Siqueira Costa (ex-policial militar) e Andrea Santos Maia (mulher de Marcos Siqueira). O filho afetivo Carlos Ubiraci Francisco da Silva foi condenado pelo crime de associação criminosa armada.
Em 24 de novembro de 2021, Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-parlamentar, foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento falso e associação criminosa. Flávio foi denunciado como autor dos disparos que provocaram a morte do pastor.
Carlos Ubiraci Francisco da Silva, outro filho adotivo da ex-deputada, chegou a ser indiciado por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificado, mas foi absolvido pelo júri.
Lucas Cezar dos Santos de Souza, também filho adotivo de Flodelis, foi condenado na mesma sessão de julgamento por homicídio triplamente qualificado, sendo acusado de ter conseguido a arma usada no assassinato do pastor.
Anderson, que era marido da deputada, foi morto a tiros no dia 16 de junho de 2019, na residência da família, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Em 11 de agosto do ano passado, Flordelis foi cassada pela Câmara dos Deputados. Foram 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções.