Arábia Saudita e Emirados Árabes rejeitam cortar a Rússia de parceria petrolífera

Imagem ilustrativa de uma refinaria de petróleo 
Foto: Reprodução/Pixabay

De acordo com os representantes de ambos os países, a medida provocaria uma alta no preço do petróleo

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes rejeitaram pedidos para expulsar a Rússia da Opep+, uma aliança formada por 26 países produtores de petróleo. A lista inclui Angola, Estados Unidos, Canadá, Irã, Iraque, Venezuela, Líbia, Argélia, Gabão, Guiné Equatorial, Congo, China, Kuwait, Brasil, México, Nigéria, Catar, Noruega, Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Malásia, Omã, Sudão e Sudão do Sul.

O ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que a decisão é uma forma de a Opep+ superar as divergências entre os países-membros. Na Assembleia Geral das Nações Unidas, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia. “Quando se trata da Opep+, todo o mundo deixa a política de fora”, ressaltou bin Salman.

Seu colega dos Emirados, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, disse que expulsar a Rússia da aliança resultaria no aumento do preço do petróleo. “Os consumidores estão nos pedindo para segurar os preços”, afirmou. “Como podemos espremer alguns dos parceiros?”

A decisão de manter a parceria com Moscou foi tomada dias antes de uma reunião a ser realizada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Na próxima quinta-feira, 31, os países-membros devem firmar um acordo para aumentar a produção do insumo.

Edilson Salgueiro

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