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Deputado federal está preso por críticas e ameaças contra ministros do STF.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu à defesa do deputado Daniel Silveira um prazo de 22 dias para apresentar suas alegações finais no processo em que é acusado de agressões verbais e ameaças aos ministros da Corte.
O prazo foi baseado no tempo que o Ministério Público teve para se manifestar.
“Não obstante, o mesmo prazo assinalado para a acusação deve também ser oportunizado à defesa, em homenagem aos princípios da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88) e da paridade de armas. Considerando que o Ministério Público gozou, no total, de 22 dias para a apresentação de suas alegações finais, o mesmo prazo será assinalado para a defesa do réu”, disse Moraes em sua decisão.
O prazo, segundo informações da Agência Brasil, começou a ser contado no dia 8 de outubro, sexta-feira da semana passada.
Na denúncia aceita pelo STF, Silveira foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de incitar o emprego de violência para tentar impedir o livre exercício das atividades do Legislativo e do Judiciário e a animosidade entre as Forças Armadas e a Corte, por meio de vídeos publicados em suas redes sociais.
Nos vídeos, ele ofendeu e ameaçou ministros, além de defender medidas consideradas antidemocráticas pela corte.
Deputado federal pelo PSL do Rio de Janeiro, Silveira foi preso em fevereiro. Um mês depois, recebeu o benefício de ficar em casa, mas monitorado por tornozeleira eletrônica. No final de junho, no entanto, voltou à prisão por determinação de Moraes em função de violações da tornozeleira eletrônica.
Em julho, o Conselho de Ética da Câmara decidiu suspender o mandato de Silveira por seis meses. No parlamento, ele responde por quebra de decoro parlamentar pelas mesmas razões que o levaram à prisão.
A decisão sobre a suspensão, no entanto, ainda precisa ser confirmada pelo Plenário da Casa.