Volta às aulas nesta segunda é marcada pelo ensino híbrido

Estudantes lavam as mãos na escola como uma das medidas
 para evitar a covid-19. 
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

Apenas três estados deixaram para setembro volta presencial de parte dos alunos; vacina de professores impulsiona a retomada

Estudantes retomam as aulas nesta segunda-feira (2) de maneira escalonada em praticamente todo país, de acordo com monitoramento realizado pelo Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação) apenas Acre, Paraíba e Roraima devem ter o ensino híbrido a partir de setembro. A medida é impulsionada pelo avanço da  vacinação dos professores e pela queda dos números da pandemia de covid-19.

Em São Paulo, 3,4 milhões de estudantes da rede pública estadual podem retomar as atividades. O retorno presencial ainda é optativo. Nesta fase, para calcular a porcentagem de alunos permitidos será levada em consideração a capacidade total de acolhimento das escolas e não mais o total de matrículas. O distanciamento mínimo entre as pessoas passa a ser de 1 metro e não mais de 1,5metro. Cada escola irá elaborar o seu plano de retorno levando em consideração a realidade da comunidade escolar podendo chegar a 100% dos estudantes no presencial.

Cada estado define suas regras. No Rio, as regiões estão divididas por bandeiras de acordo com o risco de contágido de covid-19, variando de 50% da capacidade na bandeira laranja a 100% na verde. Os demais estados devem voltar com até 50% da capacidade dos estudantes nas escolas. As escolas municipais seguem as orientações de cada prefeitura.

Professores da rede estadual de Minas Gerais anunciaram, na última quarta-feira (28), uma greve contra o retorno presencial das aulas no Estado. O Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), anunciou o início da paralisação para esta segunda-feira (2) e deve seguir por tempo indeterminado. Os profissionais alegam falta de segurança sanitária.

Além dos protocolos sanitários como o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento, os profissionais destacam a necessidade de acolhimento e escuta. "Precisamos ouvir os alunos, entender quais são as dificuldades, entender em que nível estão para retomar o conteúdo", destaca o diretor acadêmico da rede Luminova, Yan Navarro. "Nossa preocupação será com o retorno e a expectativa é aumentar o número de alunos na escola."

Como mostra o monitoramento do Consed, as redes devem fazer uma sondagem, avaliação diagnóstica e aulas de recuperação e reforço para recuperar o conteúdo perdido.

Educação Infantil

Um dos impactos causados pela pandemia de covid-19 foi o fechamento definitivo de muitas escolas de educação infantil. A Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) estima que em torno de 5 mil escolas fecharam as portas no ano passado.

"O governo fechou a escola, mas muitas atividades continuaram, os pais precisavam trabalhar e não tinha como pagar a mensalidade e mais alguém para olhar as crianças pequenas", avalia Ademar Batista Pereira, presidente da Fenep. "Muitos pais também desistiram de pagar escola e matricularam os filhos na rede pública, mas já retomaram neste ano com o ensino híbrido."

Para o presidente da Fenep, muitas escolas de educação infantil foram vendidas para outros grupos. "Ainda não sabemos como será neste semestre, não podemos afirmar que há uma migração de alunos para a rede pública, o que podemos dizer é que é preciso retomar as atividades o mais rápido possível."

Na cidade de São Paulo, por exemplo, na rede municipal, as equipes dos CEIs (Centro de Educação Infantil) deverão organizar o acolhimento de todos os 346 mil bebês e as crianças matriculados. Poderão ser atendidos 60% deles, sem revezamento, nas 2.881 unidades escolares.

As EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil) poderão atender a totalidade dos estudantes, em um revezamento semanal de duas turmas, totalizando 235 mil, matriculados em 589 unidades escolares, mas as jornadas serão reduzidas em meia hora, para organização e limpeza, na entrada ou saída do turno. Cada escola terá autonomia para organizar e definir seus horários, seguindo todos os protocolos sanitários.

Impacto da Pandemia e a volta segura

No início de julho, Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e OMS (Organização Mundial de Saúde) assinaram um manifesto afirmando que a reabertura segura das escolas é urgente para garantir direitos de crianças e adolescentes. 

Uma pesquisa realizada pelo Unicef mostra que apenas dois em cada dez estudantes brasileiros frequentaram atividades escolares presenciais neste ano de 2021. "Quando analisamos esse dado por classe social, as diferenças são enormes. Enquanto 40% dos filhos da classe A podem ter acesso a aulas presenciais, nas classes D e E, eles são somente 16%. A pandemia aprofundou o fosso das nossas desigualdades, e na educação o impacto é ainda maior."

O texto também destaca que "além de reabrir as escolas, é urgente ir atrás de cada criança, cada adolescente que não conseguiu continuar aprendendo na pandemia, ou que já estava fora da escola antes dela. Cabe aos municípios realizar a busca ativa desses estudantes, unindo esforços de diferentes áreas, incluindo educação, saúde, assistência social, as famílias e as lideranças comunitárias."

Karla Dunder, do R7

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