ONG pede que novo presidente do Peru volte atrás em nomeação de premiê

EFE/ Paolo Aguilar

A organização não governamental Associação Civil Transparência pediu nesta sexta-feira ao presidente do Peru, Pedro Castillo, que volte atrás na nomeação do primeiro-ministro, Guido Bellido, devido declarações "inaceitáveis" sobre o Sendero Luminoso, além de discurso "homofóbico e machista".

A entidade, que funciona como um observatório político e de defesa da democracia, expressou hoje, em comunicado, a "profunda preocupação" com a decisão de nomear Bellido, que é deputado pelo partido Peru Livre.

"Esta decisão provoca tensão e incerteza em um momento que são demandados consensos para atender as urgências do país e condições para discutir democraticamente as propostas do governo", indicou a ONG na nota emitida.

A nomeação de Bellido, confirmada apesar das críticas, confirma que o governo de Castillo será composto por uma esquerda tradicional e "arcaica", segundo afirmou à Agência Efe o analista político Sandro Venturo.

Associação Civil Transparência também lamentou que o gabinete ministerial seja integrado por apenas duas mulheres, por isso, cobrou que o presidente eleito passe a "adotar as necessárias medidas corretivas".

"Da mesma forma, convocamos o Congresso da República a atuar com responsabilidade diante desta situação. Os dois poderes devem levar adiante o bem-estar do país e a governabilidade democrática, no marco da Constituição", indicou a ONG.

AMPLA REJEIÇÃO.

Desde que foi anunciada a escolha de Bellido, numerosos grupos contestaram a escolha do primeiro-ministro, inclusive, bancadas parlamentares de esquerda e liberais, que apontaram que não trará confiança, nem consenso ao Peru.

O Partido Morado, que tem como um dos expoentes o ex-presidente Francisco Sagasti, chegou a exigir que o Congresso não aprove o novo gabinete, por acreditar que o premiê "é uma pessoa que não acredita na democracia, nos direitos humanos e na luta contra a corrupção e o terrorismo.

Bellido, um engenheiro eletrônico de 41 anos, é próximo a Vladimir Cerrón, fundador do Peru Livre, que cumpre condenação de quatro anos, em sentença que está atualmente suspensa, por crimes de corrupção, referentes ao período que era governador de Junín.

Além disso, o novo primeiro-ministro enfrenta uma investigação preliminar do Ministério Público peruano por suposta apologia ao terrorismo, baseado em um vídeo em que relutava em classificar como "terroristas" os membros do grupo Sendero Luminoso.

Agência EFELima

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