A Marinha do Brasil não divulgou o nome do militar, que participava de um exercício operativo, em Formosa, com a aeronave do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral da cidade de São Pedro da Aldeia (RJ).
Um dos sobreviventes do acidente com a aeronave UH-15, "Super Cougar", ocorrido na tarde de terça-feira (8) em Goiás, no entorno do Distrito Federal, e que deixou dois mortos, é da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio.
Com nome não divulgado pela Marinha do Brasil, o órgão disse que ele sofreu uma fratura no tornozelo. O g1 tenta atualizar o estado de saúde da vítima, que estava entre os 12 feridos no acidente.
O militar participava de um exercício operativo, em Formosa, com a aeronave do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral de São Pedro da Aldeia.
A Marinha explicou que o helicóptero da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, no Rio, é utilizado em várias missões em território nacional.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, esteve no local do acidente e se surpreendeu com os destroços da aeronave.
"Você vendo os destroços, não acredita que tenha saído gente viva. É uma coisa impressionanante", disse o ministro em entrevista à TV Anhanguera.
Os dois militares que morreram na queda do helicóptero são os sargentos Luís Fernando Tavares Augusto, que servia no Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, e Renan Guedes Moura, lotado na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador.
De acordo com a Marinha do Brasil, a Operação Formosa é o maior treinamento da Marinha no Planalto Central.
O ministro da Defesa explicou que essa operação, da qual os militares participavam, ocorre desde 1988 sem nenhuma intercorrência, e que apenas a conclusão do inquérito poderá apontar o que de fato ocorreu para que a aeronave caísse.
A apuração do acidente deve ser concluída em seis meses.
O helicóptero
O helicóptero UH-15, "Super Cougar", é uma aeronave com capacidade de transportar até 28 militares, além de ser utilizado em operações especiais e desastres naturais.
A Marinha recebeu a aeronave em 2021 e foi a 8ª versão do UH-15 "Super Cougar" incorporada ao acervo da aviação naval.
A aeronave é utilizada em missões gerais, tanto no período diurno quanto no noturno, em operações como evacuação aeromédica, busca e salvamento, transporte aéreo logístico e combate ao incêndio. Segundo a Marinha, a aeronave também pode ser utilizada em apoio às operações anfíbias e operações especiais, além do transporte de urnas eltrônicas em diversos locais de difícil acesso em período eleitoral.
A primeira aeronave deste modelo, foi entregue em 2011, na Base Naval do Rio de Janeiro. No mesmo ano, o estado de Minas Gerais recebeu outras duas aeronaves do mesmo modelo.
O "Super Cougar" tem capacidade para até 28 militares com equipamentos individuais de combate e pode transportar até 3,8 toneladas. A aeronave tem autonomia para 3h50 minutos de voo.
Por Bárbara Mello, g1 — São Pedro da Aldeia