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Essa partida era de grande importância simbólica, pois Olga Kharlna foi a primeira representante da Ucrânia a enfrentar uma esgrimista russa em quase um ano e meio de guerra entre os dois países. A decisão de permitir o duelo esportivo foi criticada por alguns aliados do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Após a vitória sobre Anna Smirnova, Olga Kharlna apenas cumprimentou formalmente o árbitro, evitando fazê-lo com a adversária. Isso gerou protestos e uma recusa prolongada de Anna Smirnova em deixar a quadra após o término da luta.
As autoridades ucranianas, incluindo a Federação Ucraniana de Esgrima e um conselheiro próximo ao presidente Zelensky, Mikhailo Podoliak, criticaram a desclassificação de Kharlna, considerando-a "absolutamente escandalosa". O Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu uma demonstração de "sensibilidade" em relação aos atletas ucranianos nessa situação delicada.
Além de Olga Kharlna, o esgrimista ucraniano Igor Reizlin também enfrentou dificuldades no torneio, já que não conseguiu entrar em quadra para enfrentar o russo Vadim Anojin na competição realizada no dia anterior.
Essa situação destacou a sensibilidade política e emocional que envolve confrontos esportivos entre países em conflito e levantou questões sobre como administrar tais eventos em um contexto tão delicado.