do aumento salarial acordado.
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A falta de pagamento do aumento salarial acordado pelo sindicato levou a uma greve nacional convocada pela UTA, o sindicato que representa os trabalhadores dos transportes públicos na Argentina. A greve, que começou à meia-noite de sexta-feira e terminará à meia-noite de sábado, paralisou a Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) e outras seis províncias do país.
De acordo com o sindicato, as transportadoras não cumpriram o pagamento do aumento salarial acordado para os trabalhadores representados pela UTA. Essa ação, chamada de "retenção de tarefas" pelo sindicato, afetou a AMBA, La Plata (capital da província de Buenos Aires) e as províncias de Corrientes, Entre Ríos, Santa Fé, Formosa, Misiones e Tucumán.
O comunicado assegurou que o transporte está funcionando normalmente nas demais províncias do país, onde o aumento salarial foi pago conforme acordado.
Roberto Fernández, secretário-geral da UTA, acusou as empresas de transporte de fazerem reféns tanto os trabalhadores quanto os usuários do transporte coletivo. Ele enfatizou que não permitirão que os interesses setoriais dessas empresas os tornem reféns e pediu compreensão aos passageiros afetados pela interrupção do serviço, pois os trabalhadores desejam receber o salário acordado meses atrás.
Na última reunião paritária, em que os reajustes salariais na Argentina são negociados (geralmente abaixo da inflação), as autoridades nacionais concederam o aumento salarial exigido pelo sindicato. No entanto, as empresas de transporte não aceitaram o acordo, alegando falta de recursos econômicos, e exigiram um aumento do subsídio estatal.
De acordo com a Associação Argentina de Empresários de Transporte Automotor (AAETA), o Estado deve subsídios no valor de 38 bilhões de pesos (aproximadamente R$ 710 milhões no câmbio oficial atual).
Agência EFE