Forças de Segurança conseguiram entrar na
Penitenciária nesta terça-feira. Marcos PIN / AFP
A Procuradoria-Geral do Equador revelou que 31 detentos foram mortos em uma série de confrontos que tiveram início no último sábado, 22 de julho, na Penitenciária do Litoral, que é considerada a maior prisão do país. Além disso, 14 presos ficaram feridos nesses violentos conflitos, como informado nesta terça-feira, 25.
Para conter a situação caótica, o presidente Guillermo Lasso declarou estado de emergência nos presídios equatorianos, permitindo que um total de 2.700 membros da Polícia e das Forças Armadas do Equador interviessem na Penitenciária do Litoral. Essa operação de controle só foi possível depois que as autoridades recuperaram o controle da prisão, e somente então o Ministério Público pôde iniciar a remoção dos corpos e coletar provas para investigação.
O ministro do Interior, Juan Zapata, enfatizou que o Estado usará sua força coercitiva para restaurar a tranquilidade e paz dos equatorianos diante desse cenário trágico. O conflito foi resultado de uma disputa interna entre duas gangues criminosas, "Los Tiguerones" e "Los Lobos", que haviam rompido uma trégua que mantinham há algumas semanas.
Enquanto os confrontos se desenrolavam na Penitenciária do Litoral, grupos de detentos em outros 12 presídios iniciaram uma greve de fome. Em cinco dessas prisões, aproximadamente 100 agentes penitenciários foram mantidos como reféns, mas nesta terça-feira, 57 deles foram liberados.
As autoridades equatorianas estão enfrentando uma grave crise no sistema carcerário e estão trabalhando para restaurar a ordem e garantir a segurança tanto dos detentos quanto dos funcionários das prisões. O país enfrenta um desafio significativo para conter a violência e encontrar soluções efetivas para evitar futuras tragédias dentro de suas instituições prisionais.
