Porta-voz russo informou que ninguém ficou ferido e que ação foi vista como ato terrorista; ele também afirmou que o país ‘se reserva o direito de adotar medidas de retaliação quando e onde considerar apropriado’
A Rússia informou nesta quarta-feira, 3, que a Ucrânia tentou matar o presidente russo, Vladimir Putin, com drones americanos. “Dois drones direcionados contra o Kremlin foram desativados graças à utilização de sistemas de radar”, afirmou o Kremlin, acrescentando que a tentativa de ataque aconteceu terça a noite. “Vemos estas ações como uma tentativa de ato terrorista e um atentado contra a vida do presidente, perpetrado na véspera do Dia da Vitória e da parada militar de 9 de maio, que deverá contar com a presença de convidados”, acrescentou. Os drones e os seus fragmentos caíram no complexo do Kremlin, sem causar vítimas ou danos materiais, segundo a nota. O Kremlin garantiu que Putin “não ficou ferido” e que “continua trabalhando como habitualmente”. No entanto, a presidência avisou que a Rússia “se reserva o direito de adotar medidas de retaliação quando e onde considerar apropriado”.
Após a suposta tentativa de ataque ucraniano ao Kremlin por dois veículos aéreos não tripulados, as autoridades de Moscou proibiram nesta quarta-feira a utilização de drones na capital. “Tomamos a decisão de proibir a utilização de drones em Moscou a partir de hoje”, declarou o prefeito da capital, Sergey Sobyanin, em seu canal Telegram. Sergey Sobyanin acrescentou que os drones utilizados para fins estatais continuarão sendo autorizados a voar no espaço aéreo da capital. “A decisão foi tomada para evitar o uso não autorizado de veículos aéreos não tripulados, o que dificultaria o trabalho dos serviços de segurança”, explicou. O prefeito enfatizou que o lançamento não autorizado de um drone é “crime e acarreta responsabilidades administrativas e penais”.
ela manhã, os russos já haviam informado que o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia tinha detido integrantes de uma rede de sabotadores ucranianos que planejava ataques, incluindo assassinatos, na Crimeia, península anexada e controlada por Moscou desde 2014. “O FSB desarticulou as atividades de uma rede de agentes da inteligência militar ucraniana que planejava executar atos de sabotagens e ataques terroristas na Crimeia”, afirma um comunicado divulgado pelo Serviço Federal. Sete pessoas foram detidas, de acordo com a nota, que também cita a apreensão de explosivos e detonadores. O comunicado afirma que os componentes explosivos procediam da Bulgária e entraram na Rússia através da Turquia e da Geórgia. O FSB afirmou que o grupo planejava matar líderes políticos, incluindo o governante da Crimeia designado por Moscou, Serguei Aksionov. “Não há dúvida de que as pessoas que ordenaram os crimes estão em Kiev”, disse Aksionov em seu canal no Telegram. Ele afirmou que o mesmo grupo executou um ato de sabotagem em uma ferrovia em fevereiro.
Por Jovem Pan
*Com informações da AFP e da EFE