Durante evento em La Plata, vice-presidente falou sobre o acordo para refinanciar um crédito de 2018 e não fez menção à uma possível nova candidatura ao comando do Executivo
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que é “necessário rever o acordo” que o país assinou com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o qual considera responsável pela grande inflação que atinge seu povo. A declaração foi dada pela vice-presidente durante uma conferência em um teatro em La Plata, na capital da província de Buenos Aires, nesta quinta-feira, 27. “O grande problema que a sociedade argentina enfrenta atualmente é a inflação. Continuo a dizer que este acordo que foi assinado é inflacionário porque é uma política enlatada que é aplicada com uma receita monotemática a todos os países”, disse Kirchner, defendendo a revisão do acordo. O país tem um trato com o FMI para refinanciar um crédito de US$ 44 bilhões concedido em 2018, durante o governo de Mauricio Macri. “Além da discussão das sobretaxas, queremos que as condicionalidades sejam revistas, e no futuro teremos que discutir que os valores (a pagar) estejam vinculados ao superávit comercial”, opinou. A vice-presidente ainda classificou como “fardo” o retorno do FMI à Argentina. “Dói quando a oposição fala dos últimos 20 anos porque acredito que não há nenhum bom argentino que possa ignorar o fardo que significa para a sociedade o retorno do FMI à República Argentina”, concluiu. A ex-presidente não fez nenhuma menção à uma possível candidatura ao comando do Executivo argentino.
Por Jovem Pan
*Com informações da EFE