Ex-presidente da República e candidato à Presidência pelo PTB trocaram acusações durante debate na TV Globo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato à Presidência da República pelo PTB, Padre Kelmon, protagonizaram uma discussão cômica na madrugada desta sexta-feira, 30, durante debate promovido pela TV Globo.
A discussão teve início depois de Kelmon ter dito que Lula era o líder do maior escândalo de corrupção da história mundial. Lula rebateu e acusou o petebista de estar desinformado. Kelmon, então, interrompeu o candidato do PT — o que provocou desconforto no mediador do debate, o jornalista William Bonner.
“Candidato Kelmon, não consigo entender”, advertiu Bonner. “Já falei algumas vezes. O senhor compreendeu que há regras no debate? O senhor concordou com elas, basta cumpri-las. Quando seu adversário estiver falando, é só aguardar. O senhor terá direito à réplica. É assim que funciona.”
“Candidato laranja não tem respeito por regra”, afirmou Lula, ao retomar o discurso. “Candidato laranja faz o que quer.”
Depois, ambos os candidatos trocaram agressões verbais. “O senhor tem de respeitar um padre”, advertiu Kelmon. “O senhor é um padre fantasiado”, respondeu Lula. A troca de farpas motivou nova intervenção de Bonner, que pediu à produção do debate que cortasse o microfone dos candidatos. “Peço desculpas ao público, porque, infelizmente, não está havendo o cumprimento do ordenamento que havia sido feito com todos os candidatos”, disse.
Último encontro
O terceiro debate entre os candidatos à Presidência da República está sendo realizado nesta quinta-feira, na TV Globo. O evento teve início às 22h30, no horário de Brasília, e conta com a mediação de William Bonner.
Esse é o último encontro dos candidatos antes da eleição. O primeiro turno está marcado para 2 de outubro. Se houver segundo turno, será realizado em 30 de outubro.
Participam do debate Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luiz Felipe d’Avila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). Eles pertencem a partidos que têm, no mínimo, cinco deputados federais na Câmara.