O problema é que o país não tem dinheiro para contratar mais energia
Cuba enfrenta uma das piores crises energéticas de sua história, e a população tem de conviver com apagões frequentes, medida adotada pelo governo comunista para racionar eletricidade.
Para tentar contornar o problema, o ditador Miguel Díaz-Canel está negociando o fornecimento de energia com uma empresa da Turquia, segundo informou nesta quarta-feira, 31, a agência de notícias Reuters.
Autoridades cubanas estão conversando com a Karpowership, uma das maiores operadoras de usinas flutuantes do mundo e parte da Karadeniz Holding, com sede na Turquia.
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Os navios carregam seu próprio gerador alimentado por petróleo ou gás. Eles ancoram próximo da terra e se conectam à rede elétrica local. A empresa já possui cinco embarcações operando em Cuba com capacidade de cerca de 250 megawatts (MW).
O país precisa gerar mais de 3 mil MWs para atender à demanda mínima. No entanto, atualmente, está produzindo menos de 2,5 mil MWs.
As negociações se centram em como garantir o pagamento dos arrendamentos de Cuba. “O embargo de comércio dos EUA torna as transações financeiras ocidentais muito difíceis, e Cuba está com falta de caixa e atrasada nos pagamentos com muitos fornecedores e parceiros”, informou a Reuters.
O ministro de Energia e Minas, Livan Arronte Cruz, disse na semana passada que espera eliminar os apagões até o fim do ano, em parte adicionando “mais capacidade de geração por meio de novos investimentos”.
A crise energética em Cuba provoca apagões em blocos de quatro a seis horas duas vezes ao dia ou mais na maior parte da ilha.