O líder norte-coreano afirmou que o país está preparado para mobilizar seu arsenal nuclear a qualquer momento
Durante um discurso promovido no 69º aniversário da Guerra da Coreia (1950 -1953) nesta quarta-feira 27, o ditador Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte está preparada para mobilizar as armas nucleares do país contra qualquer possível confronto militar com os EUA e a Coreia do Norte.
“Nossas forças armadas estão agora totalmente preparadas para lidar com qualquer tipo de crise, e o dissuasor de guerra nuclear de nosso país também está totalmente pronto para demonstrar seu poder absoluto com precisão e prontidão fiel à sua missão”, afirmou Kim Jong-un.
O alerta é a mais recente ameaça de Kim Jong-un em meio a especulações de que em breve o líder da Coreia do Norte vai realizar o seu sétimo teste nuclear a qualquer momento. De acordo com ele, os EUA estão “obcecados” em transformar o país asiático no “diabo” para manipular a opinião internacional. Sobre a Coreia do Sul, o ditador reforçou que o vizinho segue “frenético” para desenvolver armas.
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“Se o regime sul-coreano e seus gângsteres militares estão pensando em nos enfrentar militarmente e pensam que podem neutralizar ou destruir parte de nosso poder militar preventivamente com base em meios ou métodos militares específicos, eles estão enganados”, disse.
No próximo mês, os EUA e a Coreia do Sul devem retomar as atividades militares que estavam suspensas há anos, enquanto os dois países buscavam negociações com a Coreia do Norte. No entanto, devido o avanço da postura terrorista de Kim Jong-un, as duas nações ameaçaram em junho mais sanções e até uma revisão da “postura militar” no caso de um novo teste nuclear.
A Guerra da Coreia terminou em um armistício e não em um tratado de paz, o que significa que as forças da ONU, lideradas pelos EUA, ainda estão tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte.
Vingança contra os EUA
Em junho deste ano, a Coreia do Norte condenou os “movimentos de agressão” dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, prometendo se vingar ao marcar o 69º aniversário do início da Guerra da Coreia, em um momento de crescente tensão na região.
Em meio a preocupações de que o regime de Kim Jong-un possa realizar seu primeiro teste nuclear em cinco anos, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o presidente dos EUA, Joe Biden, concordaram, em maio, em instalar mais armas norte-americanas se fosse necessário.
A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA informou que várias organizações de trabalhadores realizaram reuniões para “jurar vingança contra os imperialistas norte-americanos”, culpando os EUA pelo início da Guerra da Coreia, que durou entre 1950 e 1953.