Na noite desta terça-feira(31), o pré-candidato ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano Lula (PT), disse que o “PSDB acabou” e que o PT não será banido.
“Um senador do PFL disse uma vez que era preciso acabar com a ‘desgraça do PT’, o Jorge Bornhuasen. O PFL acabou. Agora, quem acabou foi o PSDB. O PT continua forte, continua crescendo e conseguiu construir a maior frente de esquerda já feita nesse País”, disse o petista.
“Se o estado estivesse levando cultura, levando casa, levando água, levando emprego, levando educação, levando área de lazer, certamente a polícia seria apenas mais um componente. Mas a polícia só vai porque o estado manda para resolver um problema que é resultado da incompetência do estado”, disse Lula ao lado de artistas.
“Estamos lutando contra gente muito ruim, lutando contra os matadores da [vereadora] Marielle [Franco], lutando contra os milicianos, lutando contra as pessoas que não têm medo de matar inocente, pessoas que não têm medo de fazer com o Genivaldo [de Jesus Santos] o que a Polícia Rodoviária Federal fez em Sergipe”, disse o líder de esquerda em outro momento.
“Qualquer um de nós tem o direito de reagir emocionalmente e cometer uma barbárie, mas o estado não tem esse direito. O braço armado do estado não tem o direito de chegar atirando a esmo, dizendo que é todo mundo bandido e depois você percebe que é a maioria é inocente”, disse o petista.
A fala ocorreu em discurso, em São Paulo, durante o lançamento do livro “Querido Lula”, que reúne cartas enviadas a ele enquanto esteve preso em Curitiba após as condenações na Operação Lava Jato.
O evento, que aconteceu no Teatro Tuca, em São Paulo, contou com figuras como as atrizes Camila Pitanga e Denise Fraga, e as cantoras Cleo e Zélia Duncan. As artistas leram cartas que o ex-presidiário recebeu enquanto estava preso. Ainda estiveram por lá Janja Silva, mulher de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.