O Parlamento da França estendeu o prazo para o “aborto voluntário” de 12 para 14 semanas. O placar: 135 votos a favor e 47, contra. A lei autoriza ainda que parteiras realizem a interrupção da gravidez na “falta de médicos”.
Foi mantida uma cláusula que deu aos profissionais de saúde o direito de se recusarem a realizar a interrupção da gravidez por motivos morais. O texto recebeu apoio do partido governista do presidente Emmanuel Macron.
“Em um momento em que vários países questionam esse direito fundamental das mulheres, estou orgulhoso que a França o reafirme e amplie”, comemorou nas redes sociais Olivier Véran, ministro da Saúde do país.
A medida trata de uma última reforma social antes da eleição presidencial de abril e significa um aceno aos eleitores de esquerda. O texto foi adotado de forma definitiva por votação na Assembleia Nacional, por 135 votos a favor, 47 contra e 9 abstenções, depois de um longo percurso parlamentar, iniciado em outubro de 2020.
Bancada conservadora
A lei gerou desconforto nos ativistas pró-vida e em parte da bancada de direita do Senado e da Assembleia Nacional. Os parlamentares conservadores tentaram impedir a votação da medida, mas não conseguiram êxito.