Decisão tomada por causa da pandemia não afeta festas fechadas nem desfile das escolas de samba na Sapucaí
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta terça, 4, que o Carnaval de rua da cidade foi cancelado pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia de Covid-19. Paes se reuniu com o secretário municipal da saúde, Daniel Soranz, e representantes de ligas que congregam alguns dos principais blocos da cidade. Em live transmitida no canal do youtube de Paes, o prefeito carioca justificou que a festa nas ruas precisa ser planejada com muita antecedência por questões de segurança e limpeza, e relatou que a Ambev, empresa produtora de bebidas, pressionou por um posicionamento da prefeitura antes de confirmar um patrocínio no valor de R$ 39 milhões na festa. “Diante desse cenário todo, eu chamei hoje as ligas dos blocos (…) e informei a eles da inviabilidade do carnaval de rua”, afirmou Paes. Na mesma transmissão, Paes explicou que a situação atual da pandemia na cidade é de crescimento de casos, mas de mortes e hospitalizações ainda em níveis baixos.
A decisão não afeta as festas fechadas nem o desfile das escolas de samba na Sapucaí – o prefeito do Rio sinalizou não ver razão para cancelar a festa no Sambódromo, que comparou aos estádios de futebol. No total, 506 blocos de rua haviam se inscrito para desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro, mas alguns já haviam decidido cancelar a participação por conta própria. Paes disse que propôs ao patrocinador que organize eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver protocolos de segurança. Ainda segundo Paes, a princípio a proposta não foi bem aceita porque os blocos têm uma relação com seus bairros e regiões. “Eles ficaram de fazer uma contraproposta”, comentou. Além do Rio, outras cidades já cancelaram, como Salvador; São Paulo, por outro lado, aprovou o desfile de 696 blocos pela cidade.
Por Jovem Pan