A Força-Tarefa da Polícia Civil de combate às milícias ultrapassou a marca de mil milicianos presos e recebeu uma homenagem do governador Cláudio Castro, nesta quarta-feira (01/12), na Cidade da Polícia. O número é um marco da importância da implantação, após quase dez anos, de uma política de estado contra esse tipo de crime. Os agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), de 11 delegacias especializadas, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial do Estado em agradecimento aos serviços prestados à população fluminense.
A ação teve início em 14 de outubro de 2020 com o objetivo de combater o crime organizado na Baixada Fluminense e permitir um período seguro de eleição naquela região. Atendendo a uma determinação do governador de implantar uma política de segurança voltada ao combate permanente deste tipo de organização criminosa, a Secretaria de Estado de Polícia Civil expandiu as ações e adotou a estratégia de unir prisões e asfixia financeira.
- Não dá para ter um estado forte, se a gente não tirar a ideia de impunidade. Durante muito tempo, a impunidade reinou nesse estado. E um dos grandes motivos foi o sucateamento e o enfraquecimento da Polícia Civil. Hoje, a Polícia Civil tem orçamento próprio, voltou a ser uma instituição de todos, para todos. Estamos falando de dedicação, honra e comprometimento. Não dá para falar nisso sem falar no policial civil. São mais de mil milicianos presos, e não vamos descansar até que todos sejam capturados. Eles têm que respeitar a nossa polícia – comemorou o governador Cláudio Castro.
Até esta quarta-feira (01/12), 1.008 criminosos foram presos em mais de 150 ações da força-tarefa. Entre eles, Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho; Gil Jorge Santos de Aquino Júnior, conhecido como Da Cova e braço direito do também paramilitar Danilo Dias Lima, o Tandera. Durante as operações, 25 milicianos foram mortos em confronto, incluindo Wellington da Silva Braga, o Ecko.
O prejuízo das quadrilhas supera R$ 2,2 bilhões por meio de fechamento de comércios clandestinos, interdições de obras irregulares e apreensões, como cerca de 1 milhão de unidades de TV Box, por exemplo, o que representou uma baixa de aproximadamente R$ 500 milhões na arrecadação com a venda de aparelhos e mensalidades.
As operações contam com apoio de diferentes órgãos e instituições, como Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Ministério Público (MP), Receita Federal e Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no período pré-eleitoral e nos dois turnos das eleições municipais de 2020.