A Argentina registrou um recorde de 42.032 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira (29), chegando a um total de 5.556.239 diagnósticos positivos, confirmando o forte aumento nas infecções que o país está enfrentando em uma terceira onda nacional da pandemia.
O número de casos confirmados hoje supera o recorde anterior de 41.080 casos, em 27 de maio, quando a segunda onda da Covid-19 atingiu o pico na Argentina. Enquanto isso, de acordo com o relatório diário do Ministério da Saúde, o número de mortes subiu hoje para 117.111, depois que 26 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas.
Segundo dados oficiais, 5,2 milhões de pacientes já se recuperaram da doença, enquanto o número de pessoas com diagnóstico confirmado de Covid-19 que permanecem internadas em UTI (unidade de terapia intensiva) foi de 977 nesta quarta.
A porcentagem de ocupação de leitos de UTI para todos os tipos de patologia é de 34,9% em todo o país e de 36,3% se forem consideradas apenas Buenos Aires e a região próxima à capital. Após meses de situação epidemiológica favorável, em outubro o governo argentino flexibilizou grande parte das restrições sanitárias vigentes até então, incluindo a abertura total das fronteiras.
No entanto, os casos começaram a aumentar novamente desde novembro e a um ritmo vertiginoso nas últimas semanas. A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, disse hoje em entrevista coletiva que o país "está começando" a passar pela terceira onda de infecções da Covid-19, com aumento acentuado de casos, mas não do número de pessoas internadas em hospitais, graças ao progresso da vacinação.
Carla Vizzotti disse que a variante Ômicron tem "transmissibilidade" muito alta, mas "letalidade mais baixa".
"Estamos vendo um aumento exponencial no número de casos, especialmente em algumas jurisdições com a circulação da variante Ômicron, mas no momento não temos uma tradução desse aumento no número de casos em um aumento na terapia intensiva e internações hospitalares e da mortalidade", garantiu a ministra.
Avanço da vacinação
Enquanto isso, a Argentina, com cerca de 45 milhões de habitantes, continua com a campanha de vacinação contra a Covid-19, iniciada no fim do ano passado. Segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, até o momento foram aplicados 75,6 milhões de doses e 93,9 milhões distribuídos em todo o território nacional.
No total, 38 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina, enquanto 32,5 milhões já foram inoculados com a segunda. Da mesma forma, 2,4 milhões de argentinos receberam uma terceira dose adicional e outros 2,5 milhões uma dose de reforço, como parte da estratégia de vacinação iniciada em outubro para aumentar a imunidade de diversos grupos.
Carla Vizzotti destacou que, hoje, passado um ano desde o início da campanha de vacinação na Argentina, 83% da população recebeu pelo menos uma dose e 70% já tomou duas doses.