A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está atuando desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 1º, para dispersar caminhoneiros que tentam bloquear o acesso a portos, estradas e rodovias em alguns pontos do país. Parte do grupo dos caminhoneiros autônomos convocou uma greve para hoje, mas não houve grande adesão à paralisação.
Segundo informações do Ministério da Infraestrutura, não havia nenhum bloqueio parcial ou total de rodovias até por volta das 7 horas. A PRF foi acionada para evitar que caminhoneiros bloqueassem o acesso ao porto de Capuaba, no Espírito Santo. As operações seguem normalmente no porto de Santos (SP), de acordo com a pasta.
Há quase 30 liminares na Justiça contra o bloqueio de rodovias, refinarias e portos. As ações judiciais já afetam pelo menos 20 Estados do país — até a manhã de ontem, eram seis.
-Publicidade-
O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão, afirmou que as entidades que organizam o movimento grevista estão tentando derrubar as liminares no Supremo Tribunal Federal (STF).
As entidades de classe decidiram, na noite de ontem, manter a greve. A principal queixa é o aumento do preço do diesel, que subiu mais de 30% nos últimos 12 meses. Há dez dias, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo deve pagar um auxílio para cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos, como medida de compensação pelos reajustes recentes. O benefício seria de cerca de R$ 400 por mês e valeria até dezembro de 2022.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) anunciou que não vai apoiar a greve. A entidade alega que “não foi consultada sobre nenhum dos temas tidos como pauta para eventual movimento de paralisação da categoria”.