Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou novas metas do Brasil para a agenda climática Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
Grupo reúne 85% das florestas do mundo, uma superfície de mais de 33 milhões de quilômetros quadrados
No segundo dia de trabalhos da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow (Escócia), nesta terça-feira, 2, mais de 100 líderes mundiais devem firmar o compromisso de acabar com o desmatamento até 2030, por meio de uma série de medidas apoiadas por investimentos de até US$ 19 bilhões de fundos públicos e privados na proteção e restauração das florestas. O Brasil faz parte da lista dos signatários.
“Países que abarcam dos bosques setentrionais do Canadá e da Rússia às florestas tropicais de Brasil, Colômbia, Indonésia e República Democrática do Congo vão apoiar a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre as florestas e o uso da terra”, antecipou o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anfitrião do encontro, em nota oficial.
A declaração é assinada por 105 países, que reúnem 85% das florestas do mundo, uma superfície de mais de 33 milhões de quilômetros quadrados. “Teremos a chance de encerrar a longa história da humanidade como conquistadora da natureza e, ao invés disso, nos tornamos seus guardiões”, completou o premiê britânico.
As medidas seriam viabilizadas por meio de um fundo de US$ 12 bilhões de dinheiro público aportado por 12 países entre 2021 e 2025, além de US$ 7 bilhões de investimentos privados de mais de 30 instituições financeiras de diversas partes do mundo. As ações serão concentradas em países em desenvolvimento e envolverão a restauração de terras degradadas, o combate a incêndios florestais e a defesa das comunidades indígenas.
Na segunda-feira 1º, como noticiado por Oeste, o governo brasileiro anunciou uma meta de 50% de redução na emissão de gases do efeito estufa até 2030. O objetivo foi informado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.